REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS NO BRASIL
INTRODUÇÃO
REVOLTAS NATIVISTAS X REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
SISTEMA COLONIAL = VIOLENTO / CONFLITOS
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
O OURO – ESGOTAMENTO / CONTRABANDO
RIGOR NA COBRANÇA DE IMPOSTOS
O QUINTO
1750 – FISCO / 1470 Kg (100 ARROBAS)/ANO
1763 – OS MINEIROS Ñ CONSEGUIRAM ATENDER À EXIGÊNCIA
DERRAMA – INVASÃO PARA COMPLETAR A META
ILUMINISMO E INDEPENDÊNCIA DOS EUA
ESCOLAS EUROPÉIAS
LIBERDADE DAS ÁREAS COLONIZADAS
MOVIMENTO DE ELITE
MANUTENÇÃO DA ESCRAVIDÃO
GOVERNADOR DAS GERAIS – LUÍS ANTÔNIO FURTADO DE MENDONÇA
VISCONDE DE BARBACENA
COBRAR AS DÍVIDAS
PARTICIPANTES
TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA
CLÁUDIO MANUEL DA COSTA
JOSÉ DE ALVARENGA PEIXOTO
Pe ROLIM
JOAQUIM JOSÉ DA SILVA XAVIER – TIRADENTES
JOAQUIM SILVÉRIO DOS REIS
DESFECHO
CRIME DE LESA-MAJESTADE
TIRADENTES – CASTIGO EXEMPLAR
21/ABRIL/1792 - MORTE E ESQUARTEJAMENTO
CONJRAÇÃO BAIANA (1798)
BAHIA – FINAL DO SÉC. XVIII
CONCENTRAÇÃO URBANA
CRISE SOCIAL E ECONÔMICA
ILUMINISMO
REV. FRANCESA – SANS CULOTTES E JACOBINOS
PARTICIPAÇÃO POPULAR
PEQ. ARTESÃOS, COMERCIANTES, SOLDADOS, ESCRAVOS DE GANHO, MULATOS
JOÃO DE DEUS
MANUEL FAUSTINO (EX-ESCRAVO)
CAVALEIROS DA LUZ – FAZENDEIROS, MILITARES (ALTA PATENTE) E FUNCIONÁRIOS DA COROA
OBJETIVOS
PROCLAMAR UMA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA
ABOLIR A ESCRAVIDÃO
LIBERDADE DE COMÉRCIO
EXECUTADOS: JOÃO DE DEUS, MANUEL FAUSTINO, LUCAS DANTAS E LUÍS GONZAGA
Roteiro de aula sobre a Revolução Pernambucana de 1817
Reações à política de D. João
Em relação ao povo em geral, a vinda da família real para o Brasil em 1808 não representou uma grande mudança. Para o homem comum e para os escravos a exploração continuava praticamente a mesma. Em algumas províncias, a exploração parece até ter aumentado com a transferência da sede do governo português para o Rio de Janeiro. Este foi o caso do nordeste e um dos fatores que estimulou a Revolução Pernambucana de 1817, um movimento de caráter anticolonial e separatista.
A Revolução de 1817
- 1817: queda do preço internacional do açúcar e do algodão, principais produtos de exportação do nordeste.
- Domínio comercial dos portugueses, o que revoltava os luso-brasileiros.
- Influência do Iluminismo e do Liberalismo – o médico Manuel de Arruda Câmara e o padre João Ribeiro.
- O Areópago de Itambé e o Seminário de Olinda – centros de propagação de ideais anticoloniais.
A conspiração dos Suassunas
- 1801: os germes da Revolução de 1817.
- Inspirou-se na França Revolucionária e principalmente Napoleônica.
- Principais líderes: os irmãos Francisco de Paula, dono do engenho Suassuna, Luís Francisco de Paula e José Francisco de Paula.
- Não passou da trama, mas plantou a semente da revolta.
- Em conseqüência da conspiração, o Areópago foi fechado, mas ressurgiu com o nome de Academia dos Suassuna.
Líderes
- Pe. João Ribeiro.
- Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, ouvidor-mor de Olinda e irmão de José Bonifácio.
- O erudito Pe. Miguelinho.
- O capitão Pedro Pedroso.
- O comerciante Domingos José Martins.
Obs – Estes tramavam abertamente contra a opressão colonial.
- Ainda participou o Frei Caneca, que ficou mais célebre durante a Confederação do Equador (1824).
A eclosão da revolta
- 06 de março de 1817 – denúncias de conspiração.
- Ação do governo: Mal. José Roberto para deter os civis.
- O brigadeiro Barbosa de Castro e o tenente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti foram designados para reprimirem os militares, mas foram mortos por um dos líderes da rebelião, o capitão José de Barros Lima, vulgo Leão Coroado.
- O governador Caetano Montenegro e marechal José Roberto capitularam.
O governo provisório
- No dia seguinte à resistência militar, 07/03/1817, foi formado um governo provisório:
Manoel Correia de Araújo, representante da agricultura;
Domingos José Martins, do comércio;
Pe. João Ribeiro, do clero;
José Luís de Mendonça, da magistratura;
Domingos Teotônio Jorge, das forças armadas;
- O governo era secretariado pelo padre Miguelinho e auxiliado por José Carlos Mayrink da Silva Ferrão;
- Foi criado um Conselho de Estado – formado pela elite intelectual pernambucana;
- Adotou-se a bandeira que permanece até os dias atuais;
- O tratamento pessoal tradicional foi substituído pelo de “patriota” e “vós”, imitando a Revolução Francesa;
- Legalizou-se o governo provisório através da elaboração de uma Lei Orgânica.
Lei Orgânica
- Liberdade de consciência;
- Liberdade de Imprensa, ressalvando os ataques à religião e à Constituição;
- Tolerância religiosa, embora o Catolicismo fosse a oficial e o clero assalariado pelo Estado;
- Liberalismo moderado – a manutenção da escravidão gerou lutas internas entre os revoltosos;
A propagação
- 16/03/1817 - Paraíba – liderança de Amaro Gomes Coutinho;
- 28/03/1817 – Rio Grande do Norte – senhor de engenho André de Albuquerque Maranhão;
- O pai do romancista José de Alencar foi enviado ao Ceará, onde foi preso e enviado a Salvador;
- O Pe. Roma, José Inácio de Abreu e Lima, enviado à Bahia, foi preso e fuzilado pelo governador D. Marcos Noronha e Brito, o conde dos Arcos;
O apoio internacional
Com a preocupação de obter apoio internacional, foram enviados emissários para o exterior:
- O comerciante Antônio Gonçalves da Cruz, vulgo Cabugá, e Domingues Pires Ferreira foram para os EUA;
- Félix Tavares de Lima – Argentina;
- O negociante inglês Kesner foi enviado à Inglaterra a fim de conseguir o apoio de Hipólito José da Costa, do Correio Braziliense.
A repressão
- Logo se soube da rebelião, o governador da Bahia Conde dos Arcos, montou a repressão por terra e por mar;
- D. João e a repressão – Cel. Luís do Rego Barreto, futuro governador de Pernambuco;
- Em PE, a repressão forçou a formação de um governo revolucionário de caráter ditatorial;
- Foram dados plenos poderes a Domingos Teotônio Jorge a fim de resistir à repressão;
- 19/05/1817 – vitória da repressão.
As punições
- Domingues José Martins, José Luís de Mendonça e Pe. Miguelinho foram fuzilados em Salvador;
- Em Recife, quatro rebeldes foram fuzilados;
- Em 1818, A devassa foi encerrada e os prisioneiros sem culpa formada libertados;
- Os 117 prisioneiros restantes na Bahia foram anistiados após a Revolução do Porto.